21 de outubro de 2012

Osteoporose


A osteoporose é uma doença que afeta mais as mulheres; e ocorre durante o envelhecimento, acelerando a perda de massa óssea.

Na figura podemos observar um osso sadio, de uma pessoa jovem, à esquerda; e um osso com osteoporose, de uma pessoa de idade mais avançada, à direita
Na figura podemos observar um osso sadio, de uma pessoa jovem, à esquerda; e um osso com osteoporose, de uma pessoa de idade mais avançada, à direita

Considerada um grave problema de saúde pública, a osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da densidade óssea, deixando os ossos fragilizados, o que facilita a ocorrência de fraturas após traumas mínimos. A osteoporose é uma doença que afeta principalmente mulheres na pós-menopausa; e, na maioria dos casos, o paciente só descobre que está com a doença após a primeira fratura.
fratura do fêmur é um dos tipos de fratura mais graves para o portador de osteoporose. Cerca de 20% das pessoas com esse tipo de fratura morrem em razão da própria fratura ou de complicações ocasionadas por ela, como embolias ou problemas cardiopulmonares. Os 80% restantes podem ficar com algum tipo de incapacidade física.
A osteoporose pode ocorrer em razão de dois fatores, mas para entendê-los é preciso saber que em nosso corpo sempre há a renovação das células dos tecidos; e com o tecido ósseo não é diferente. Em nossos ossos sempre há a substituição das células velhas por células novas, e nesse processo o organismo pode precisar de substâncias (como o cálcio) para fazer essa substituição. Assim, durante esse processo, as células chamadas de osteoclastos escavam os ossos, retirando as células antigas e promovendo a reabsorção óssea; sendo que células chamadas de osteoblastos preenchem a área absorvida com um novo osso. Geralmente, até os trinta anos de idade, essa reposição de células acontece normalmente, mas a partir dessa idade, a pessoa começa a perder massa óssea lentamente. Isso explica por que a pessoa vai diminuindo, conforme envelhece.
Na osteoporose senil, os osteoclastos formam as cavidades para a substituição das células ósseas, mas os osteoblastos não conseguem preencher aquela cavidade da maneira correta, o que deixa o osso fragilizado e propício a fraturas. 
Já a osteoporose provocada pela diminuição ou ausência dos hormônios femininos (estrógenos) ocorre na menopausa em virtude da ausência desses hormônios. Nesse caso, os osteoclastos aumentam sua atividade, produzindo cavidades cada vez mais profundas. Os osteoblastos, por sua vez, também aumentam sua atividade tentando preencher a cavidade, mas isso não é possível, em razão da grande reabsorção que os osteoclastos promovem, provocando, assim, uma diminuição significativa da massa óssea.
Alguns fatores podem desencadear a osteoporose, como:
  • Pessoas da raça branca ou asiática têm mais chances de desenvolver a doença;
  • Pessoas com histórico de osteoporose na família;
  • Baixa estatura;
  • Massa muscular pouco desenvolvida;
  • Baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D;
  • Sedentarismo;
  • Pouca exposição ao sol;
  • Pessoas vegetarianas;
  • Menopausa precoce;
  • Menarca tardia;
  • Retirada dos ovários sem reposição hormonal;
  • Ser portador de doenças, como doença de Cushing, diabetes, hiperparatireoidismo, linfoma, leucemia, má-absorção, gastrectomia, doenças nutricionais, mieloma, artrite reumatoide e sarcoidose. 
diagnóstico da osteoporose é feito a partir da avaliação da densidade óssea, exame físico, história clínica, exames laboratoriais e radiografias.
tratamento da osteoporose é feito a partir da ingestão de cálcio, estrógeno, agentes antirreabsortivos, calcitonina, bisfosfonatos, vitamina D3 e estimulantes da formação óssea, como fluoreto de sódio, paratormônio e atividades físicas. Toda a medicação prescrita pelo médico atuará na diminuição da reabsorção dos ossos, aumentando a sua formação.
Algumas mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida podem ajudar aprevenir o aparecimento da osteoporose. Dentre elas podemos citar o aumento na ingestão de cálcio, a prática de atividades físicas, a redução no consumo de álcool e cigarro, etc.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

30 de julho de 2012

Biodiversidade brasileira


O maior bioma do mundo
Nenhum outro país chega perto do Brasil em número de espécies


O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora existentes em todo o mundo – e a maior parte delas está na Amazônia. A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados é habitada por centenas de milhares de espécies de plantas, animais, fungos, bactérias. Um refúgio de suas matas ou um braço de seus rios pode conter mais espécies do que continentes inteiros. A Amazônia brasileira tem 1.200 espécies conhecidas de aves. Só num raio de 150 km de Manaus é possível encontrar 800 delas, mais do que nos Estados Unidos e Canadá juntos (que têm 700). E ocorre o mesmo com os peixes: o número de espécies descritas na Amazônia (mais de 2 mil) é dez vezes maior que o de toda a Europa – apenas 200.
Só no Lago Catalão, entre os Rios Negro e Solimões, em frente a Manaus, há 300 espécies conhecidas, segundo os especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). As estimativas dos cientistas são de que só 10% das espécies existentes na Amazônia brasileira sejam conhecidas. Talvez menos. Ainda assim, na escala amazônica, 10% já englobam números espantosos. Só de
anfíbios são 250 espécies catalogadas, ante as 81 da Europa. Os mamíferos são 311, com mais de 70 espécies de macacos e 122 de morcegos. As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única árvore da Amazônia já foram encontradas 95 espécies de formigas – 10 a menos do que em toda a Alemanha.
Mas há uma imensidão ainda a ser desbravada. E não é preciso ir longe para encontrar novas espécies: mesmo no Rio Amazonas, o mais explorado da região, as descobertas são rotineiras – em 2005, foi identificado um exemplar de piraíba, que pode chegar as mais de 2 metros. Levantamentos recentes feitos com redes de arrasto revelaram um universo de peixes elétricos e outros animais exóticos que vivem nas regiões mais profundas do rio, em áreas de escuridão total.
“Mesmo o que pensamos ser muito conhecido é pouco conhecido. É impressionante”, diz o especialista Jansen Zuanon, do Inpa. A média para o Brasil é de uma nova espécie de peixe de água doce descrita por semana.
No Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, 70 novas espécies foram descritas nos últimos seis anos, incluindo vespas, aranhas, peixes, macacos, cobras e plantas. “Se tivéssemos mais pesquisadores, certamente descobriríamos muito mais”, diz a diretora do museu, Ima Vieira. A maior parte da Amazônia ainda é território inexplorado pela ciência.
Estima-se que até 70% das coletas feitas sobre biodiversidade na região estão restritas aos entornos de Manaus e Belém – onde estão o Inpa, o Museu Goeldi e as principais universidades da região. Diante do tamanho e da heterogeneidade da Amazônia, é o mesmo que observar a região por um buraco de fechadura. Faltam respostas para perguntas básicas: quantas espécies existem na região? Como elas estão distribuídas? Qual o papel de cada uma na natureza? Ninguém sabe dizer ao certo. A maior biodiversidade do planeta é também a mais desconhecida.
Organismos menores e altamente diversos, como os invertebrados (que constituem 95% das espécies animais do planeta), não têm nem estimativas. “Não chamo isso nem de lacuna; é uma cratera gigantesca de informação”, diz o ecólogo Thomas Lewinsohn, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenador do maior levantamento sobre biodiversidade já feito no Brasil. E completa: “Nem é incapacidade dos cientistas, é um buraco negro mesmo. Não dá nem para chutar números”.
Não se trata apenas de saciar uma curiosidade científica. A falta de informações é uma ameaça direta à conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais prestados por ela. “Como é que vamos entender o funcionamento de um ecossistema se nem conhecemos as espécies que fazem parte dele?”, pergunta o zoólogo Miguel Trefaut Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP).
O planejamento de obras e a definição de áreas para conservação, por exemplo, dependem diretamente desse conhecimento. “Produzimos muitas informações sobre a Amazônia, mas elas não estão organizadas de uma forma prática que possa nos dar respostas rápidas para perguntas importantes”, resume José Maria Cardoso da Silva, da ONG Conservação Internacional (CI).
A última Avaliação do Estado do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira calculou o número de espécies conhecidas no Brasil entre 168 mil e 212 mil – uma diferença de 44 mil. Prever o número real de espécies (incluindo as desconhecidas) é ainda mais difícil. Lewinsohn estima um total entre 1,4 milhão e 2,4 milhões de espécies. Baseandose no ritmo atual, com uma média de 700 novas espécies descritas por ano, serão necessários 1.200 anos até que seja conhecida toda a biodiversidade brasileira – incluindo a da Amazônia.
lista oficial da fauna ameaçada do Brasil inclui 58 espécies da Amazônia – 9% do total. É pouco, se for levado em conta que muitas espécies provavelmente estão ameaçadas ou já foram extintas sem que os cientistas tenham tido chance de conhecê-las. “Certamente já perdemos muito mais do que conseguimos avaliar”, lamenta o ornitólogo Alexandre Aleixo, do Museu Goeldi.

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Prof. Altamir Souza

16 de julho de 2012

Pegar friagem provoca resfriado?

Quem causa a doença são vírus, e não o termômetro. O que acontece é que esses microorganismos estão mais ativos no inverno.

por Ana Carolina Prado

Não há evidências de que exista associação entre a friagem (termo mais maternal para o choque térmico) e o resfriado. Em um dos mais famosos estudos a respeito, feito pela Escola de Medicina da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, em 1968, os voluntários foram expostos ao vírus do resfriado comum e depois entraram em ambientes gelados ou quentes. Todos ficaram doentes ¿ a temperatura não interferiu. Ah, mas você já pegou friagem e ficou doente? Coincidência, dizem os especialistas ouvidos pela SUPER. Sim, as pessoas ficam mais resfriadas no inverno. Mas é porque os vírus que causam problemas respiratórios estão mais ativos nessa época do ano. É a mesma coisa que o vírus da dengue. Ele está à toda no verão, porém ninguém fala que é o calor que provoca a doença.

Certo, o frio não causa resfriado
, mas pode provocar alergias e facilitar infecções. Quando a temperatura cai, geralmente o ar fica mais seco, o que afeta as mucosas do aparelho respiratório. E esse ressecamento compromete a produção de secreções com anticorpos para a defesa do organismo.

É gripe?
Pare de culpar o frio e o picolé

E sorvete, causa resfriado?
Assim como a chuva, ele é só um bode expiatório: se você ficou doente é porque já estava com o vírus. O gelado intenso pode irritar a garganta, mas isso só acontece quando a pessoa já tem alguma infecção. E, se a inflamação for intensa, o sorvete pode diminuir a dor, como nas cirurgias de sisos ou amídalas.

Tomar vacina contra a gripe pode provocar a doença?
Eis outra besteira. A vacina contra a gripe é feita de vírus inativados e sua característica é justamente não simular uma doença, como outros tipos de vacina. Se a pessoa ficou doente depois disso, é porque se contaminou com outro vírus que não estava na vacina (gripes e resfriados podem ser causados por vários deles).

Aliás, gripe e resfriado são a mesma coisa?
Não. Os dois provocam coriza e indisposição, mas a gripe tem sintomas muito mais agressivos, como febre alta, falta de ar, cansaço e dores intensas no corpo. Em alguns casos, pode levar à pneumonia e até à morte. Ou seja, gripe põe a pessoa na cama para valer. Resfriado é o que a faz ficar deitada só para enrolar.

25 de maio de 2012

Dicas de uma boa nutrição

Tire suas dúvidas

A busca por um corpo magro e com músculos definidos ultrapassa o território das academias. Passa necessariamente pela mesa. Nos últimos dez anos, um calhamaço de estudos foi publicado a respeito de como potencializar os efeitos da ginástica por meio de uma alimentação adequada. Mitos foram derrubados e verdades, estabelecidas. Veja as respostas às dez perguntas mais comuns sobre a relação entre atividade física e nutrição.
 

1. Fazer ginástica de barriga vazia ajuda a emagrecer?

Sem comida, as taxas de açúcar no sangue baixam muito, o que pode causar mal-estar e até desmaios durante ou após o treino. Além disso, se estiver desprovido de seus estoques de energia – e grande parte dela é obtida a partir da alimentação –, o organismo vai buscá-la nas proteínas dos músculos. O resultado pode ser desastroso: em vez de gastar carboidratos e gorduras, perdem-se músculos. Por isso é imprescindível que se consumam alimentos leves antes e depois da atividade física.  

2. O que comer imediatamente antes e depois da ginástica? 

Para quem se exercita de manhã, o ideal é tomar um copo de suco de laranja ou comer uma fruta uma hora antes do treino. Na primeira hora seguinte ao término da ginástica, recomendam-se cereais, queijo branco ou frutas. É o necessário para que o organismo recupere a energia gasta no exercício. Aos que fazem ginástica à noite, o "lanchinho antes do treino" deve ser mais reforçado. Afinal, o corpo já enfrentou um dia inteiro de trabalho ou estudos e tende a estar mais cansado do que pela manhã. Um sanduíche pequeno – de queijo branco e atum, por exemplo – é uma boa pedida. 

3. Qual a dieta ideal para quem pratica exercícios? 

O melhor cardápio é aquele que fornece todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Exceção feita aos atletas profissionais, do total de calorias ingeridas diariamente, 60% devem vir dos carboidratos, 15% das proteínas e 25% das gorduras. O prato típico brasileiro – arroz, feijão, bife, salada e uma fruta – é o melhor exemplo dessa divisão. Como durante o exercício físico o organismo queima esses três tipos de nutrientes, nenhum deles deve ser suprimido do cardápio de quem deseja modelar o corpo. Consumidos nas quantidades adequadas, eles garantem a perda de tecido adiposo e o ganho de massa muscular. Obtidos a partir de pães, batata e massas, entre outros alimentos, os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo. Numa dieta sem carboidratos, como a preconizada pelo médico americano Robert Atkins, a pessoa corre o risco de perder massa muscular e ficar flácida. Se consumir pouca proteína, ela terá dificuldade para criar músculos. O que vale, enfim, é a velha recomendação: comer de tudo um pouco. 

4. As barras de cereais são recomendáveis?

Ricas em carboidratos, as barras de cereais foram criadas para atender às necessidades de esportistas profissionais, que precisam repor rapidamente a energia gasta em atividades físicas intensas. Elas só são indicadas para quem treina mais de duas horas por dia. Mesmo assim, devem ser consumidas com moderação – uma por dia. Do contrário, engordam. Além disso, as fibras dificultam a absorção de água pelo organismo.


5. Ingerir muita proteína ajuda a construir músculos?

As proteínas funcionam como tijolos na construção de músculos mais definidos. Os exageros, porém, devem ser deixados para os fisiculturistas. Para quem não tem uma rotina de treinamento profissional, as proteínas são tão necessárias quanto os carboidratos, por exemplo. Um bife por dia é o bastante. Quantidades extras de proteínas – seja via alimentação ou por meio de suplementos protéicos – são eliminados pelo corpo.

6. É verdade que podemos comer à vontade logo depois da ginástica, porque o corpo continua a queimar muitas calorias?

É verdade que até uma hora depois da ginástica o metabolismo se mantém elevado. Quanto a "comer à vontade", cuidado. É importante consumir uma quantidade razoável de carboidratos, mas sem abusos. Um sanduíche de queijo branco e peito de peru está de bom tamanho. 


7. Comer à noite engorda mais?

A princípio, sim. Durante a noite, o organismo trabalha num ritmo mais lento e, por isso, queima menos gordura. Ou seja, as calorias não gastas são estocadas sob a forma de células adiposas. O mais recomendável é que o jantar seja uma refeição leve, composta de saladas, sopas e frutas. Antes de dormir, um lanchinho não faz mal: um copo de leite desnatado e uma torrada.

8. Deve-se tomar água durante o exercício?

Até muito pouco tempo atrás, os professores de educação física costumavam proibir o consumo de água durante o treino. Hoje está provado que, nesse momento, a hidratação é absolutamente necessária. Se a pessoa estiver desidratada, a probabilidade de ela ser acometida por fadiga muscular é grande. A boa hidratação não se mede pelo volume, e sim pela freqüência com que se ingere líquido. Quem segue um treino moderado, com duração média de quarenta minutos, deve beber cerca de meio litro de água duas horas antes da ginástica. Durante a atividade física, é recomendável que se consuma um copo de água (daqueles de plástico) a cada vinte minutos.


9. Quando recorrer aos isotônicos?

Quando o treino durar mais de uma hora e for predominantemente aeróbico. As bebidas isotônicas hidratam o organismo mais rapidamente que a água. O ideal é que o equivalente em litros à metade do peso corporal perdido no exercício seja reposto com isotônicos e a outra metade, com água. Exemplo: se, depois da ginástica, você perdeu 1 quilo, deve consumir meio litro de bebidas isotônicas e meio litro de água.

10. É preciso mesmo tomar 2 litros de água por dia?

Sim. Mas isso não quer dizer que os 2 litros precisem ser de água pura. Há que se lembrar que os alimentos são ricos em água. Ou seja, a alimentação, por si só, já fornece uma boa quantidade do líquido necessário para o bom funcionamento do organismo. Um bife acebolado de 100 gramas tem 71% de água. A teoria de que seria necessário tomar 2 litros de água pura surgiu há cerca de quinze anos, quando estudiosos constataram que um adulto saudável, de porte médio, perde diariamente 2 litros de líquido. Trata-se de uma relação automática e sem sentido. Hoje se sabe que a quantidade de líquido a ser consumida se baseia no peso de cada um. Deve-se ingerir 30 mililitros por quilo de peso. Quem pesa 60 quilos tem de consumir 1,8 litro diariamente – metade na forma de água mesmo e o restante por meio da alimentação.









11 de abril de 2012

Ecologia e Relações Ecológicas


Ecologia (do grego “oikos", que significa casa, e "logos", estudo, reflexão), é o ramo da biologia que estuda as interações entre os seres vivos e o meio onde vivem, envolvendo a dependência da água, do solo e do ar.

Dessa forma, as relações vão além do comportamento individual e a influência causada pelos fatores ambientais (temperatura, umidade, pressão). Mas se estendem à organização das espécies em populações, comunidades, formando um ecossistema e toda a biosfera.


Todos os seres vivos se relacionam com outros, tanto da mesma espécie (relações intraespecíficas) quanto de espécies distintas (relações interespecíficas). Estas podem ser harmônicas, quando não há prejuízo para nenhum dos indivíduos envolvidos; ou desarmônicas, quando pelo menos um se prejudica.


Entre as principais relações destacam-se:



RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS HARMÔNICAS:

Sociedade: indivíduos da mesma espécie, mantendo-se anatomicamente separados, e que cooperam entre si por meio de divisão de trabalho. Geralmente, a morfologia corporal está relacionada à atividade que exercem. Ex: abelhas, cupins, formigas, etc.

Colônia: indivíduos associados anatomicamente. Estes podem se apresentar semelhantes (colônias isomorfas), ou com diferenciação corporal de acordo com a atividade que desempenham (polimorfas). Ex: determinadas algas (1º exemplo) e caravela portuguesa (2º exemplo).

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

Canibalismo: ato no qual um indivíduo se alimenta de outro(s) da mesma espécie.

Competição: disputa por territórios, parceiros sexuais, comida, etc.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS:

Mutualismo: indivíduos de espécies diferentes que se encontram intimamente associados, criando vínculo de dependência. Ambos se beneficiam. Ex: liquens (fungo + cianobactéria), cupim e protozoário que digere a celulose em seu organismo, micorrizas (fungos + raízes de plantas), etc.

Protocooperação: indivíduos que cooperam entre si, mas não são dependentes um do outro para sobreviverem. Ex: peixe-palhaço e anêmona. O primeiro ganha proteção e o segundo, restos de alimentos destes; pássaros que se alimentam de carrapato bovino, etc.

Inquilinismo: uma espécie usa a outra como abrigo, sendo que somente ela se beneficia, mas sem causar prejuízos à outra. Exemplo: orquídeas e bromélias associadas a árvores de grande porte.

Comensalismo: relação na qual apenas uma espécie se beneficia, mas sem causar prejuízos à outra. Exemplo: o peixe-piloto se prende ao tubarão, para se alimentar dos restos de comida deste, e também se locomover com maior agilidade.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

Amensalismo: uma espécie inibe o desenvolvimento de outra. Ex: liberação de antibióticos por determinados fungos, causando a morte de certas bactérias.

Predatismo: um indivíduo mata outro para se alimentar. Ex: serpente e rato, pássaro e semente, etc.

Parasitismo: o parasita retira, do corpo do hospedeiro, nutrientes para garantir a sua sobrevivência, debilitando-o. Ex: lombriga e ser humano, lagarta e folhagens, carrapato e cachorro, etc.

Competição: disputa por recursos (território, presas, etc).
 
Autores: Mariana Araguaia e Krukemberghe Fonseca 
Graduados em Biologia


28 de março de 2012

Provas de Vestibulares

Abaixo alguns links para provas de vestibulares. É só clicar... e bons estudos.


PROVA DE QUÍMICA - UFPE 2012 - 2ª FASE
PROVA DE BIOLOGIA - UFPE 2012 - 2ª FASE
PROVA DE BIOLOGIA - UPE 2012
GABARITO DE BIOLOGIA - UPE 2012
PROVA DE QUÍMICA - UPE 2012
GABARITO DE QUÍMICA - UPE 2012


Prof. Altamir Souza

Concentração Comum (C)


Concentração comum (C) ou simplesmente Concentração é definida como:

Definição conceitual de concentração comum.

Matematicamente ela é expressa pela fórmula:

Fórmula matemática de concentração comum.
onde:

C = Concentração comum e sua unidade no SI é dada em g/L;
m1 = massa do soluto* em g;
v = volume da solução em L.

O símbolo C é de comum e não de concentração, pois existem outros tipos de concentração (concentração molar ou molaridade, concentração em partes por milhão ou ppm, porcentagem em massa do soluto ou título em massa, concentração em volume, etc.).
Conforme mostrado acima, a concentração de uma solução tem como unidade padrão g/L (gramas por litro), porém ela pode ser expressa em outras unidades de massa e volume, como g/m3, mg/L, kg/mL, etc.

Dessa forma, se dissermos que uma solução de água e açúcar tem concentração de 50 g/L, quer dizer que em cada litro da mistura (solução e não do solvente) tem dissolvida uma massa de 50g de açúcar.
No cotidiano, a concentração é muito usada para indicar a composição de alimentos, medicamentos e materiais de limpeza e higiene que são líquidos. Observe o rótulo do leite integral abaixo, que analisa a concentração de vários nutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras totais presentes em 200 mL da solução.
A concentração comum é muito usada na composição de alimentos líquidos como o leite.

Por exemplo, em cada 200 ml do leite, tem-se 9 g de carboidratos. Transformando para litros e fazendo os devidos cálculos conforme mostrado abaixo, temos que a concentração de carboidratos nesse leite é de 45 g/L.
• Transformando a unidade do volume para o Sistema Internacional, ou seja, de mL para L:

1 L ------1000 mL
v    -------200 mL
v = 0,2 L

• Calculando a concentração de carboidratos no leite:



Isso significa que em cada litro desse leite, tem-se 45 g de carboidratos.


* Em aspectos quantitativos referentes às soluções químicas, sempre que em uma grandeza aparecer o índice 1, ele indica que a grandeza é só do soluto. O índice se refere ao solvente e quando não houver índice nenhum, estará se referindo à solução inteira (soluto + solvente).


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

17 de março de 2012

Substâncias


Puras ou simples? Entenda essa classificação

Fábio Rendelucci*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Uma das maiores confusões que as pessoas fazem na hora de classificar as substâncias reside nos quesitos de substância simples e substância pura. Para que isso fique claro é fundamental que entendamos bem algumas coisas antes de chegarmos a essa classificação:

átomo é uma unidade fundamental, primária que constitui a matéria. O que queremos dizer é que toda matéria é constituída por átomos. Os átomos são diferenciados uns dos outros pelo seu número atômico (que você deve lembrar que corresponde ao número de prótons que ele possui).

Elementos químicos, aqueles que encontramos na tabela periódica, representam átomos de mesmo número atômico. Assim, todo e qualquer átomo que apresentar, por exemplo, oito prótons e conseqüentemente possui número atômico Z=8, será um átomo do elemento oxigênio.

Você também sabe que os átomos se combinam, se ligam entre si formando o que chamamos de moléculas. Perceba que uma molécula pode, a princípio, ser formada pela "combinação" de qualquer número de átomos de qualquer elemento químico.

Substâncias químicas

Os átomos ligados, ou seja, as moléculas, representam o que chamamos desubstância química, cada uma identificada por uma fórmula química como, por exemplo, H2O, que representa a substância água e indica que sua composição é de dois átomos do elemento hidrogênio e um átomo do elemento oxigênio.

Isso posto, podemos perceber algumas coisas:

  • O2 - é a fórmula da substância oxigênio, composta por dois átomos, ambos do elemento oxigênio.
  • CO2 - é a fórmula da substância dióxido de carbono, composta por três átomos, sendo dois do elemento oxigênio e um do elemento carbono.
  • C6H6 - é a fórmula da substância benzeno, composta por 12 átomos, sendo seis do elemento carbono e seis do elemento hidrogênio.

    Quando classificamos uma substância podemos fazê-lo levando em conta:

    1) Número de átomos: obviamente se refere ao número de átomos que a constitui, independentemente do elemento que cada um representa. Veja:

    • Ar (gás argônio) - monoatômica (um único átomo);
    • O2 (oxigênio), CO (monóxido de carbono), NaCl (cloreto de sódio) - diatômica (dois átomos);
    • CO2 (dióxido de carbono), H2O (água), - triatômica (três átomos)
    e assim por diante.

    2) Número de elementos que constitui a molécula: Cuidado! Isso não tem nada a ver com o número de átomos! Veja:

    • Ar (gás argônio) - um único elemento: argônio
    • O2 (oxigênio) - um único elemento: oxigênio
    • CO (monóxido de carbono) - dois elementos: carbono e oxigênio
    • CO2 (dióxido de carbono) - dois elementos: carbono e oxigênio
    • NaCl (cloreto de sódio) - dois elementos: sódio e cloro
    • H2O (água) - dois elementos: hidrogênio e oxigênio
    Uma substância é classificada como simples quando sua molécula é formada por um único tipo de elemento, independentemente do número de átomos que possui. Substâncias cujas moléculas são formadas por dois ou mais elementos químicos são chamadas de compostas. Retomando o exemplo, teremos:

    • O2 - Substância simples
    • CO, CO2, NaCl, H2O - Substâncias compostas

    Substâncias puras

    Diferentemente do que o nome possa sugerir, as substâncias puras não são aquelas formadas nem por um único átomo (monoatômicas), nem por um único elemento químico (simples). Substâncias são consideradas puras quando em uma amostra  encontramos moléculas daquela substância, sem nenhuma outra presente.

    Por exemplo: na água destilada encontramos única e exclusivamente moléculas da substância água (H2O). Mesmo a água sendo uma molécula triatômica e composta (possui os elementos H e O), essa amostra é de uma substância pura.

    Amostras onde são encontradas moléculas de mais de uma substância, são chamadas de misturas.

    O ar atmosférico é um bom exemplo de uma mistura em que encontramos várias substâncias simples, como N2, O2, H2, Ar, e outras compostas, como CO, CO2, etc.

    Espero que vocês não confundam mais os conceitos de substâncias simples e substâncias puras. Esses conceitos são muito importantes para sua base de conhecimento em química.
  • *Fábio Rendelucci é professor de química e física, diretor do cursinho COC-Universitário de Santos e presidente da ONG Sobreviventes.

    Tabela periódica interativa

    Link para Tabela Periódica interativa, com informações sobre todos os elementos químicos.

    Vale a pena consultar.

    http://educacao.uol.com.br/quimica/tabela-periodica-consulte-aqui-uma-tabela-periodica-interativa.jhtm

    24 de fevereiro de 2012

    Calculadora de calorias

    Para quem quiser fazer um cálculo dos seus gastos calóricos diários necessários pode acessar o link abaixo e inserir os dados na calculadora de calorias. É bem interessante porque o cálculo será personalizado.

    Tabela de calorias de atividade física


    Quando se fala de gasto calórico em aulas ou em qualquer outro tipo de atividade, deve-se levar em conta alguns fatores como: idade, peso corporal, estatura e nível de condicionamento. 

    Para atividades predominantemente aeróbias há um gasto calórico aproximado de 5 Kcal para cada litro de oxigênio consumido. É importante ressaltar que essas tabelas de gasto calórico para diferentes modalidades foram elaboradas com base em um indivíduo de referência 

    De acordo com os especialistas em medicina do esporte Brian J. Sharkey, a pessoa sempre gasta alguma energia, mesmo quando está dormindo. Se ficar na cama por 24 horas sem fazer nada, gasta em torno de 1.600 Kcal (para uma pessoa de 70 kg). O gasto calórico pode ir de 1,2 kcal/min em repouso para mais de 20 kcal/min durante o esforço vigoroso. "A atividade física tem o maior efeito nas necessidades de energia", diz o médico, explicando que a caminhada queima aproximadamente 5 kcal/min e a corrida 15 kcal/min. 
    A ingestão calórica diária deve ser proporcional ao consumo calórico. Se sua ingestão calórica diária exceder o seu gasto calórico, você ganhará peso. Do contrário, seu peso será mantido. 

    GASTO CALÓRICO DA ATIVIDADE EM KCAL POR HORA OU POR MINUTO (Calculado para uma pessoa de 70 kg) 


    Andando de bicicleta180 a 300/hora
    Balé8 kcal/min
    Basquete10 kcal/min
    Beijando8 kcal/min
    Beijar e fazer carícias60 kcal/hora
    Boxe11 kcal/min
    Caminhada5,5 kcal/min
    Caminhando rápido520 kcal/hora
    Caminhar devagar240 kcal/hora
    Carregando bebê141 kcal/hora
    Capoeira12 kcal/min
    Ciclismo6 kcal/min
    Compra no Supermercado270 kcal/hora
    Corrida10 kcal/min
    Corrida500 a 900 kcal/hora
    Cozinhar168 kcal/hora
    Dança de Salão3,5 kcal/min
    Dançando rápido605 kcal/hora
    Deitado77 kcal/hora
    Digitando95 kcal/hora
    Dormindo60 kcal/hora
    Escrever10 a 20 kcal/hora
    Esqui aquático11 kcal/min
    Esqui na neve7,5 kcal/min
    Estudar120 kcal/hora
    Exercício leve310 kcal/hora
    Falando ao telefone85 kcal/hora
    Fazer amor190 kcal/hora
    Ficar de pé130 kcal/hora
    Futebol9 kcal/min
    Ginástica aeróbica6 kcal/min
    Ginástica olímpica6 kcal/min
    Golfe3 kcal/min
    Handebol10 kcal/min
    Hidroginástica6 kcal/min
    Jiu-jitsu12 kcal/min
    Jogando vídeo game108 kcal/hora
    Jogar futebol580 kcal/hora
    Judô12 kcal/min
    Lavar louça60 kcal/hora
    Limpeza de casa300 kcal/hora
    Mountain bike12 kcal/min
    Musculação5 kcal/min
    Natação9 kcal/min
    Natação500 kcal/hora
    Pintar casa160 kcal/h
    Remo11 kcal/min
    Squash13 kcal/min
    Subir escada1000 kcal/hora
    Surfe8 kcal/min
    Tênis8 kcal/min
    Trabalhar leve em pé150 kcal/hora
    Trabalho mental casa60 kcal/hora
    Vôlei6 kcal/min
    Windsurf7 kcal/min

    http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=avaliacao_fisica_gasto2