25 de janeiro de 2012

Armadilha contra a Dengue


SERVE PARA QUALQUER MOSQUITO, ATÉ O COMUM "PERNILONGO" OU MESMO O DA DENGUE


Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos da dengue, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles.

O que nós precisamos é, basicamente:

  • 200 ml de água,
  • 50 gramas de açúcar mascavo,
  • 1 grama de levedura (fermento biológico de pão, encontra em qualquer supermercado ) e uma garrafa plástica de 2 litros


A seguir estão os passos a desenvolver:

1. Corte uma garrafa de plástico no meio. Guardar a parte do gargalo;
2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixar esfriar. Depois de frio despejar na metade de baixo da garrafa;
3. Acrescentar a Levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono;
4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa;
5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.

Em duas semanas você vai ver a quantidade de mosquitos que morreu lá dentro da garrafa.
Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução do mosquito, podemos utilizar esse método muito útil em escolas, creches, hospitais e residências.

Não se esqueça da dengue!

Essa luta é de todos nós!

23 de janeiro de 2012

Facebook X Saúde Alimentar


Usuários do Facebook sofrem mais com distúrbio alimentar, diz estudo


Doenças como bulimia e anorexia surgem com o aumento de horas online.
Pesquisa é da Universidade de Haifa, em Israel.

Facebook (Foto: AFP)Pesquisa de universidade de Haifa faz ligação entre
o número de horas gastas na rede social com
distúrbios alimentares como bulimia. (Foto: AFP)
Pesquisadores da Universidade de Haifa, em Israel, afirmam que passar muito tempo navegando pela rede social Facebook aumenta as chances de mulheres adolescentes desenvolverem distúrbios alimentares como bulimia, anorexia e dieta exagerada.
O estudo, divulgado nesta segunda-feira (7), contou com a participação de 248 mulheres entre 12 e 19 anos participaram da pesquisa. Elas responderam perguntas sobre hábitos de uso da televisão e da internet. Os resultados dos questionários mostraram, segundo os responsáveis, que quanto maior o número de horas gastas com a rede social, mais relatos de distúrbios alimentares eram contados pelas entrevistadas.
A insatisfação com o corpo, principal motivo que leva as adolescentes a desenvolverem os distúrbios, é explicada pela relação que as adolescentes estabelecem com padrões estéticos presentes em programas de televisão e na cultura popular - a pesquisa chega a citar "Barbie model", em referência ao modelo de beleza que a boneca passa.
Garotas expostas a várias horas nos sites e programas populares de TV seriam mais suscetíveis a baixa auto-estima e desconforto com o corpo. O resultado seria o surgimento das patologias ligadas à problemas de alimentação.
O estudo também abordou o papel dos pais para evitar distúrbios alimentares nos filhos. Segundo a equipe de Haifa, parentes com maior familiaridade com as redes sociais, internet e computador conseguiam conduzir discussões sobre o conteúdo visto pelas filhas, o que baixava as chances do desenvolvimento das doenças.
Já pais "ausentes" em relação às redes sociais não sabem o que as filhas descobrem diariamente na internet. A distância faz com que o diálogo sobre temas relacionados à internet não aconteça, já que os parentes não têm conhecimento sobre o universo virtual no qual as filhas estão inseridas. Os distúrbios surgiriam, em parte, como resultado da falta de identificação das adolescentes com os pais.

Apêndice humano


Sim, o apêndice tem uma função

Cynthia Santos*
Página 3
Apêndice promove crescimento de bactérias benéficas para nosso organismo
Se você pensa que o apêndice não serve para nada e só causa problemas - já que pode inflamar e acabar mandando você para um centro cirúrgico -, é melhor começar a mudar de idéia. Em setembro de 2007, um grupo de cirurgiões e imunologistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, publicou um trabalho que mostra o contrário: o apêndice tem uma função, sim: ele promove o crescimento populacional de bactérias benéficas para o nosso organismo e facilita o repovoamento dessas bactérias no cólon.


O apêndice humano

O apêndice faz parte do sistema digestivo e está localizado logo no início do intestino grosso, conectado ao ceco (um divertículo natural com que se inicia o intestino grosso, e onde se abrem o íleo, o cólon e o apêndice). O apêndice é uma estrutura tubular fechada na extremidade posterior e mede cerca de 5 a 10 cm de comprimento e 0,5 a 1 cm de largura. Na maioria das pessoas, o apêndice encontra-se no quadrante inferior direito do abdome.


Teorias que explicam a função do apêndice humano

Apesar das evidências contrárias, baseadas em estudos de anatomia comparada em primatas, o apêndice foi considerado por muito tempo como uma estrutura vestigial, isto é, uma estrutura que, ao longo da evolução, perdeu sua função original.

Hoje em dia existem algumas teorias que explicam a função do apêndice humano. Uma delas argumenta que o apêndice humano auxilia o sistema imunológico. Ao examinarem microscopicamente o apêndice, os pesquisadores encontraram uma quantidade significativa de tecido linfóide, um tecido que apresenta uma quantidade abundante de linfócitos - tipo de glóbulo branco responsável por defender o corpo contra microorganismos. O tecido linfóide está presente também em outras áreas do sistema digestivo. A função desse tecido ainda não é muito precisa, mas está claro que ele reconhece substâncias estranhas presentes nos alimentos ingeridos.

Em setembro de 2007, o grupo liderado pelo dr. William Parker, da Universidade de Duke, nos EUA, publicou uma nova teoria. Segundo o dr. Parker e seus colaboradores, o apêndice funciona como um "lugar seguro" para bactérias que auxiliam na digestão. De acordo com os pesquisadores, as bactérias vivem no apêndice sem serem perturbadas, até que sejam necessárias nos locais onde ocorrem os processos de digestão. De acordo com o dr. Parker, a forma do apêndice é perfeita para armazenar as bactérias benéficas. Ele possui um fundo cego e uma abertura estreita, impedindo assim o influxo dos conteúdos intestinais.

O sistema digestivo é povoado por diferentes microorganismos que auxiliam na digestão dos alimentos. Em troca, os micróbios recebem nutrição e um lugar seguro para viver. O dr. Parker acredita que as células do sistema imunológico encontradas no apêndice estão lá para proteger, e não para atacar, as bactérias benéficas.



O papel do apêndice no repovoamento da flora intestinal

Doenças como disenteria ou cólera contaminam o intestino. A única saída é se livrar dos micróbios maus. É aí que a diarréia ocorre. Em casos de diarréia severa, não só os micróbios maus são perdidos, mas tudo o que se encontra no interior do intestino, inclusive o que é conhecido como biofilme (uma camada fina e delicada, constituída de micróbios, muco e moléculas do sistema imunológico).

Quando ocorre perda do conteúdo intestinal, as bactérias benéficas escondidas no apêndice emergem e repovoam a camada de biofilme do intestino, antes que bactérias maléficas se instalem.

Segundo o dr. Parker, pessoas que, porventura, tiveram seu apêndice extraído e vivem em locais onde as incidências de doenças como cólera e disenteria são altas, têm menos chances de sobreviver, pois não têm mais um lugar seguro para armazenar as bactérias benéficas.



Deve-se evitar a retirada do apêndice?

Apesar da importante função proposta pela equipe de cientistas da Universidade de Duke, não se deve esquecer que o apêndice tem o seu lado vilão. Ao sofrer inflamação, ele pode levar à obstrução dos intestinos, causando a apendicite aguda, que pode levar à morte.

Portanto, nesse caso, ele deve, sim, ser retirado. Mas não se preocupe, pois as infecções severas, por cólera ou disenteria, são raras em nações ou regiões industrializadas. As pessoas que habitam esses locais podem viver normalmente sem o apêndice.
* Cynthia Santos é doutora em Ciências e pesquisadora do Smithsonian Institution (EUA).

Nosso reflexo

Educar e respeitar as diferenças

Importância do Professor

Civilização?

Identidade Pernambucana

Lição do Bilionário

19 de janeiro de 2012

Exercício Físico

Exercício físico ‘recicla’ células, mostra estudo

'Autofagia' facilita adaptação das células e protege contra diabetes.
Descoberta foi feita em estudo com camundongos.


Cientistas descobriram mais uma forma como a atividade física pode fazer bem à saúde. Uma pesquisa publicada online pela revista científica “Nature” nesta quarta-feira (18) mostra que os exercícios induzem a "autofagia".
Na autofagia, a célula elimina organelas velhas e se alimenta desse material que ela mesmo expeliu. Em outras palavras, é um processo de “reciclagem” das células, que permite que elas se adaptem às mudanças nas demandas energéticas e nutricionais do corpo.
Essa "reciclagem" previne contra o desenvolvimento da resistência à insulina, que tem como principal consequência a diabetes tipo 2. Em outros estudos, já se mostrou também que o processo retarda o envelhecimento e protege contra alguns tipos de câncer.
O estudo que achou a relação entre exercícios físicos e esse processo foi feito com camundongos. Primeiro, os pesquisadores descobriram que isso acontece um tipo de camundongos selvagens. Depois, desenvolveram uma mutação genética em um grupo de animais para comparar o que acontecia com os dois grupos, e chegaram a essa conclusão.
“Antes desse estudo, pensava-se que a fome era o principal indutor de autofagia in vivo [em animais vivos], e agora descobrimos que uma pequena sessão de exercícios pode induzir autofagia de maneira semelhante em camundongos bem alimentados”, disse ao G1Congcong He, da Universidade do Texas Southwestern, autora da pesquisa.
“Mais importante, é a primeira vez que é revelado o papel da autofagia na capacidade de resistência nos exercícios e os efeitos benéficos mediados à saúde pelo exercício”, completou a pesquisadora.
Inicialmente, o estudo encontrou a "reciclagem" induzida pelos exercícios em células musculares, localizadas no coração e perto dos ossos. No entanto, os cientistas que conduziram o estudo também já descobriram o processo no fígado, no pâncreas e em células adiposas.
“É possível que a autofagia tenha um papel essencial nos efeitos benéficos da autofagia também nesses órgãos, o que é um de nossos próximos passos, utilizando modelos de camundongos com deficiência de autofagia em tecidos específicos.

Cabelos lisos ou crespos?

POR QUE EXISTEM CABELOS CRESPOS E LISOS?
Qual o gene dominante?


Conhecido como a moldura do rosto, os cabelos são estruturas produzidas por células de nossa pele e dependendo da natureza genética de cada um apresenta-se liso, crespo, cacheado, louro, castanho ou ruivo entre outras características. É, principalmente para as mulheres, uma estrutura que dispensa muitos cuidados, pois é entendido como um dos sinais de beleza.

Apesar de ter constituição determinada geneticamente, pode ter sua estrutura modificada a partir de processos químicos que alteram sua constituição transformando o cabelo crespo em liso, liso em crespo, preto em louro etc. Isto tudo é possível porque o cabelo é basicamente constituído de uma proteína chamada alfa-queratina que é produzida a partir de uma espécie de “bolsa” existente na epiderme chamada folículo piloso.

Em cada fio de cabelo há milhares de cadeias de alfa-queratina, que possuem átomos de enxofre. Quando dois destes dois átomos de enxofre se juntam, eles formam uma ligação de dissulfeto. Quanto maior o número dessas ligações, mais crespos os cabelos serão, e quanto menos ligações, mais lisos.

Como podemos ver, com a utilização de produtos que promovam reações químicas na queratina do cabelo (unir ou separar as ligações de enxofre), é possível fazer as modificações da estrutura do cabelo que já está crescido, pois não devemos esquecer o cabelo sempre vai ser produzido de acordo com a informação genética que a pessoa possui.

Em relação à transmissão genética da forma dos cabelos, podemos esclarecer que o gene que determina o cabelo crespo é dominante sobre o gene que determina o cabelo liso. Se uma pessoa herda um gene que codifica o cabelo crespo, da mãe, e outro do pai, seu cabelo será crespo. Se herdar um gene para cabelo liso da mãe e um gene de cabelo liso do pai, seu cabelo será liso. Se herdar um gene para cabelo liso da mãe e um gene para cabelo crespo do pai (ou vice-versa) seu cabelo será crespo, pois o gene para cabelo crespo, como já dito, é dominante sobre o gene para cabelo liso.

15 de janeiro de 2012

Genética - conceitos gerais


GENÉTICA à É a área da Biologia que estuda a natureza química do material hereditário, o modo de ação desse material e os mecanismos de usa transmissão ao longo das gerações.
Cromossomos à Estrutura encontrada no núcleo celular, sendo formada por uma sequência de DNA que contém vários genes.
Cromossomos homólogos à São aqueles que formam pares, possuem a mesma forma, o mesmo tamanho e genes que determinam o mesmo caráter.
Cromossomos autossomos à São aqueles que são idênticos nos dois sexos e determinam características comuns em homens e mulheres.
Cromossomos heterossomos ou alossomos à São aqueles que diferem nos dois sexos e determinam características que se distribuem diferentemente no homem e na mulher.
Célula diplóide à Células que possuem dois lotes de cromossomos (2n), isto é, pares de homólogos.
Célula haplóide à Apresenta apenas um lote de cromossomos (n).
Gametas à São as células dos seres vivos que, na reprodução sexual, se fundem no momento da fecundação ou fertilização para formar um ovo ou zigoto, que dará origem ao embrião, cujo desenvolvimento produzirá um novo ser da mesma espécie.
Meiose à Tipo de divisão celular em que uma célula-mãe origina quatro células filhas, com número de cromossomos reduzidos à metade. Assim, uma célula-mãe diplóide (2n), por meiose, forma quatro células-filhas haplóides.
Gene à Segmento da molécula de DNA encontrado nos cromossomos, sendo responsável pela transmissão das características hereditárias através da codificação de uma proteína.
Locus gênico à local do cromossomo onde cada gene situa.
Genes alelos à São genes, iguais ou diferentes, que determinam um mesmo caráter e estão localizados em locus gênico correspondentes de cromossomos homólogos.
Gene dominante à É aquele que manifesta o seu caráter mesmo estando em dose simples. É representado por letras maiúsculas. Ex.: A domina sobre a.
Gene recessivo à É aquele que geralmente se manifesta apenas quando em dose dupla. É representado por letras minúsculas. Ex.: a é recessivo em relação a A.
Homozigoto à É aquele indivíduo que apresenta genes alelos iguais para uma dada característica. Ex.: AA, BB, aa, bb.
Heterozigoto à É aquele indivíduo que apresenta genes alelos diferentes para uma dada característica. Ex.: Aa, Bb.
Genótipo à É o patrimônio genético de um ser vivo. É o conjunto de genes de um ser vivo, ou cada par de genes para uma característica em particular.
Fenótipo à É uma característica observável ou detectável, resultante da interação do genótipo com o ambiente.
FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE
Ex.: cor da pele, cor do cabelo, tipo sanguíneo.
Fenocópia à É a ocorrência de indivíduos com o mesmo fenótipo, porém com genótipos diferentes, sendo uma característica não-hereditária.
Ex.: tingimento dos cabelos, uso de lentes de contato, silicone, diabéticos que utilizam insulina.

Prof. Altamir Souza

Carboidratos - mapa de conceitos

Prof. Altamir Souza

Método Científico

ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO

1. Observação: análise crítica dos fatos.
2. Questionamento: elaboração de uma pergunta ou identificação de um problema a ser resolvido.
3. Formulação de hipótese: possível resposta a uma pergunta ou solução potencial de um problema. Uma hipótese científica é feita com base em conhecimentos disponíveis a respeito do assunto.
4. Realização de dedução: previsão possível baseada na hipótese.
5. Experimentação: teste da dedução ou novas observações para testar a dedução. Ao se realizar a experimentação, deve-se trabalhar com dois grupos:
  • Um experimental: aquele em que se promove alteração em um fator a ser testado, deixando todos os demais fatores sem alteração.
  • Um controle: que é submetido aos fatores sem nenhuma alteração. Assim, pode-se testar um fator por vez e comparar os resultados obtidos no grupo experimental com o que foi obtido no grupo de controle. Ocorrendo diferenças entre os resultados do grupo experimental e do controle, elas são atribuídas ao fator que está sendo testado. Não ocorrendo diferenças, pode-se dizer que o fator analisado não interfere no processo em estudo.
Experimentos não se constituem, no entanto, no único caminho para se testarem hipóteses. Elas também podem ser testadas pela simples observação ou pela análise da consistência de sua lógica interna. O uso da Matemática tem permitido a realização de testes equivalentes aos da experimentação, baseados apenas na observação.
6. Conclusão: etapa em que se aceita ou se rejeita uma hipótese.
7. Divulgação: descrição de hipóteses, experimentos, dados e discussões de modo que outros cientistas possam repetir o que foi feito, pensar sobre as conclusões que foram tiradas e usar as informações como ponto de partida para novas hipóteses e testes. Os cientistas compartilham informações por meio de publicações (as chamadas revistas científicas), encontros, congressos e comunicações pessoais.

O método científico no cotidiano

            O método científico pode ser aplicado em várias situações de nosso dia a dia. Vamos dar aqui apenas um exemplo, mas você pode encontrar muitos outros.
            Suponhamos a seguinte situação: o carro pára de funcionar no meio da rua.
            Esse é o fato que ocorreu e que observamos. Agora, usando o método científico, vamos tentar entender por que o carro parou.
  • Pergunta ou questionamento: O que será que causou isso?
  • Hipótese: A gasolina deve ter acabado.
  • Verificação da hipótese: Observar o marcador de combustível e verificar quantos quilômetros o carro percorreu desde a última vez em que o tanque de combustível foi abastecido. O marcador está zero, e o carro percorreu quilômetros suficientes para o combustível ter acabado. Coloca-se combustível e o carro começa a funcionar.
  • Conclusão: A hipótese foi corroborada: a gasolina havia acabado.
  

Lopes, Sônia – Biologia – volume único – 1. ed. – São Paulo: Saraiva, 2005 – p. 12-13

Principais subdivisões da Biologia

A quantidade de conhecimentos no campo da Biologia é muito grande e tende a aumentar cada vez mais; basta dizer que, a cada ano, são publicados mais de 400 mil artigos científicos sobre problemas biológicos.
            A chave para que um estudante iniciante, ou mesmo um biólogo experiente, não se confunda com tantos conhecimentos é estudar os grandes temas, que são aplicáveis em qualquer campo. Os grandes princípios da Biologia nunca deixarão de ser importantes; por exemplo, conhecer a estrutura e o funcionamento das células vivas é básico para a compreensão de muitos outros assuntos fundamentais.
            Quando estudamos os seres vivos, podemos fazer, de início, duas perguntas: “Como eles são constituídos? Como funcionam?”. Responder à primeira pergunta é o objetivo da Morfologia (do grego morpho, forma, e logos, estudo, ciência); responder à segunda é o objetivo da Fisiologia (do grego physio, natureza, no sentido de funcionamento). A Morfologia e a Fisiologia estão intimamente relacionadas. Não se pode entender completamente uma estrutura orgânica sem conhecer suas funções, nem entender completamente uma função orgânica sem conhecer as estruturas envolvidas.
            A Morfologia pode ser estudada em diversos níveis. Desvendar a estrutura macroscópica dos organismos é o objetivo da Anatomia (do grego anatome, dissecação). Conhecer a estrutura microscópica dos seres vivos é o objetivo da Histologia (do grego hystos, tecido). Investigar as unidades fundamentais da vida (as células) é o objetivo da Citologia (do grego kitos, célula). Esses são os três principais ramos que se subdivide a Morfologia.
            Um aspecto que chama nossa atenção é a enorme variedade de seres vivos existentes. O ramo da Biologia que se ocupa do estudo da diversidade biológica, ou biodiversidade, é a Sistemática. Em meio a essa variedade, notamos, entretanto, que muitos organismos apresentam características semelhantes. De acordo com o grau de semelhança, os seres vivos são classificados em grupos; o ramo da Biologia que se ocupa dessa classificação biológica é a Taxonomia (do grego taxis, ordem, e nomos, lei).
            Outras questões que a Biologia tenta responder referem-se ao crescimento e ao desenvolvimento dos seres vivos. Como é possível, a partir de uma única célula invisível a olho nu, desenvolver-se um ser tão complexo quanto uma pessoa? A Embriologia (do grego embryon, embrião) tem como objetivo responder a essa questão.
            Uma das mais profundas questões em Biologia refere-se à capacidade dos seres vivos de produzirem descendentes que se parecem com os pais, geração após geração. Que tipo de mecanismo faz com que os descendentes de ervilhas sejam sempre ervilhas, e nunca feijões? Essas questões são o objeto de investigação da Genética (do grego genetikos, que gera, procria).
            O conhecimento que temos atualmente sobre os seres vivos mostra-nos que nenhuma espécie vive isolada. Qualquer forma de vida interage, em maior ou menor grau, com outros seres vivos e também com o ambiente físico. As relações dos seres vivos entre si e com o ambiente constituem o objeto de estudo da Ecologia (do grego oikos, casa). O termo “casa”, nesse contexto, tem sentido amplo, significando o ambiente em que vivemos.
            A vida na Terra tem uma história. Os seres vivos, desde o dia em que surgiram, vêm se modificando. Os biólogos tentam encontrar vestígios do passado (fósseis) para reconstituir a história da vida no planeta. O estudo da história da vida constitui a Paleontologia (do grego palaios, antigo, e ontos, ser).
            O mais importante conceito da Biologia é o de Evolução, segundo o qual todas as formas de vida atuais, inclusive nossa própria espécie, descendem de seres que viveram no passado. A evolução é um tema unificador, isto é, que une todos os campos da Biologia em torno das idéias da evolução biológica.  Como disse o célebe geneiticas russo, naturalizado norte-americano, Theodosius Dobzhansky (1990-1975), “[...] nada faz sentido em Biologia a não ser à luz da Teoria da Evolução [...]”.
            Pode-se também subdividir a Biologia levando em conta os grupos de organismos estudados. Assim, há a Virologia, que estuda os vírus; a Microbiologia, que estuda os microrganismos, em particular as bactérias; a Micologia, que estuda os fungos; a Protozoologia, que estuda os protozoários; a Botânica, que estuda as plantas; a Zoologia, que estuda os animais; a Ornitologia, que estuda as aves; a Ictiologia, que estuda os peixes; a Herpetologia, que estuda os anfíbios e répteis; a Entomologia, que estuda os insetos; e assim por diante.
            Em certas áreas de estudo, a Biologia se interliga com a Química ou com a Física, originando ramos como a Bioquímica, a Biofísica e a Biologia Molecular, entre outros.
            As subdivisões da Biologia tornam a atividade do biólogo muito especializada, mas há uma tendência crescente dos pesquisadores em estudar os fenômenos comuns aos diversos seres vivos, deixando em segundo plano as particularidades. Essa atitude tem permitido grande desenvolvimento e elaboração de princípios gerais em Biologia.

Amabis, José Mariano – Biologia, volume 1 – 2. ed. – São Paulo: Moderna, 2004 – p. 14-15

Educação se faz com respeito

A Biologia e Eu

Normalmente achamos que a Biologia é apenas mais uma disciplina com um monte de nomes estranhos que temos que estudar e que ela não está tão presente na nossa vida. Mas, explorando um pouco mais a nossa mente e vasculhando o nosso dia a dia, podemos perceber a presença desta Biologia constantemente. Fazendo alguns pequenos questionamentos perceberemos que sabemos mais de Biologia do que pensamos. Experimente.  Tente responder essas perguntas e  comece a descubrir você mesmo o quanto sabe da Ciência da Vida.



ü  Para você o que é Biologia?
ü  Como você definiria a vida?
ü  Como você definiria algo como um ser vivo?
ü  A Biologia está presente no seu dia-a-dia de alguma forma?
ü  Você acha que a Biologia é algo importante para sua vida?
ü  Nos meios de comunicação vemos alguma coisa relacionada à Biologia?
ü  Você gosta da Biologia?

Prof. Altamir Souza